domingo, 11 de abril de 2010

Indicação de leitura

2012 NÃO SERÁ O FIM DO MUNDO, SERÁ O FIM DE UMA ERA E INICIO DE OUTRA, PREPARE-SE Muito se fala de 2012, mas pouco efetivamente se conhece.

Segue um texto rápido e esclarecedor, para desmistificar um pouco a profecia e trazer uma linguagem simples, ofertando ânimo extra para nossas ações como sincronizadores biosféricos:

Os corpos que não refinarem suas energias não conseguirão ficar encarnados dentro da terceira dimensão, pois a quarta dimensão estará instalada.

O sistema solar gira em torno de Alcione, estrela central da constelação de Plêiades.

Esta foi a conclusão dos astrônomos Freidrich Wilhelm Bessel, Paul Otto Hesse, José Comas Solá e Edmund Halley, depois de estudos e cálculos minuciosos.

Nosso Sol é, portanto, a oitava estrela da constelação – localizada a aproximadamente 28 graus de Touro – , e leva 26 mil anos para completar uma órbita ao redor de Alcione, movimento terrestre também conhecido como Precessão dos Equinócios.

A divisão desta órbita por doze resulta em 2.160, tempo de duração de cada era “astrológica” (Era de Peixes, de Aquário, etc).

Descobriu-se também que Alcione tem à sua volta um gigantesco anel, ou disco de radiação, em posição transversal ao plano das órbitas de seus sistemas (incluindo o nosso), que foi chamado de Cinturão de Fótons.

Um fóton consiste na decomposição ou divisão do elétron, sendo a mais ínfima partícula de energia eletromagnética, algo que ainda se desconhece na Terra.

Detectado pela primeira vez em 1961, através de satélites, a descoberta do Cinturão de Fótons marca o início de uma expansão de consciência além da terceira dimensão.

A ida do homem à Lua nos anos 60 simbolizou esta expansão, já que antes das viagens interplanetárias era impossível perceber o Cinturão.

A cada dez mil anos o Sistema Solar penetra por dois mil anos no anel de Fótons, ficando mais próximo de Alcione.

A última vez que a Terra passou por ele foi durante a “Era de Leão”, há cerca de doze mil anos.

Na Era de Aquário, que está se iniciando, ficaremos outros dois mil anos dentro deste disco de radiação.

Todas as moléculas e átomos de nosso planeta passam por uma transformação sob a influência dos Fótons, precisando se readaptar a novos parâmetros.

A excitação molecular cria um tipo de luz constante, permanente, que não é quente, uma luz sem temperatura, que não produz sombra ou escuridão.

Talvez por isso os hinduístas chamem de “Era da Luz” os tempos que estão por vir.

Desde 1972, o Sistema Solar vem entrando no Cinturão de Fótons e em

1998 a sua metade já estará dentro dele.

A Terra começou a penetrá-lo em 1987 e está gradativamente avançando, até 2.012, quando vai estar totalmente imersa em sua luz.

De acordo com as cosmologias maia e asteca, 2.012 é o final de um ciclo de 104 mil anos, composto de quatro grandes ciclos maias e de quatro grandes eras astecas.

Humbatz Men, autor de origem maia, fala em “Los Calendários” sobre a vindoura “Idade Luz”.

Bárbara Marciniak, autora de “Mensageiros do Amanhecer”, da Ground e “Earth”, da The Bear and Company e a astróloga Bárbara Hand Clow, que escreveu “A Agenda Pleiadiana”, da editora Madras, receberam várias canalizações de seres pleiadianos.

Essas revelações falam sobre as transformações que estão ocorrendo em nosso planeta e nas preparações tanto física quanto psíquicas que precisamos nos submeter para realizarmos uma mudança dimensional.

Segundo as canalizações, as respostas sobre a vida e a morte não estão mais sendo encontradas na terceira dimensão.

Um novo campo de percepção está disponível para aqueles que aprenderem a ver as coisas de uma outra forma.

Desde a década de oitenta, quando a Terra começou a entrar no Cinturão de Fótons, estamos nos sintonizando com a quarta dimensão e nos preparando para receber a radiação de Alcione, estrela de quinta dimensão.

Zona arquetípica de sentimentos e sonhos, onde é possível o contato com planos mais elevados, a quarta dimensão é emocional e não física.

As idéias nela geradas influenciam e detonam os acontecimentos na terceira dimensão, plano da materialização.

Segundo as canalizações, a esfera quadri-dimensional é regida pelas energias planetárias de nosso sistema solar, daí um trânsito de Marte, por exemplo, causar sentimentos de poder e ira.

Para realizar esta expansão de consciência é preciso fazer uma limpeza, tanto no corpo físico como no emocional, e transmutar os elementais da segunda dimensão a nós agregados, chamados de miasmas.

Responsáveis pelas doenças em nosso organismo, os miasmas são compostos de massas etéricas que carregam memórias genéticas ou de vidas passadas, memórias de doenças que ficaram encruadas e impregnadas devido a antibióticos, poluição, química ou radioatividade.

Segundo as canalizações, esses miasmas estão sendo intensamente ativados pelo Cinturão de Fótons.

Os pensamentos negativos e os estados de turbulência, como o da raiva, também geram miasmas, que provocam bloqueios energéticos em nosso organismo.

Trabalhar o corpo emocional através de diversos métodos terapêuticos – psicológicos, astrológicos ou corporais – ajuda a liberar as energias bloqueadas.

A massagem, acupuntura, homeopatia, florais, meditação, yoga, o tai-chi, algumas danças, etc, são também técnicas de grande efetividade, pois mexem com o corpo sutil e abrem os canais de comunicação com outros planos universais.

As conexões interdimensionais são feitas através de ressonância e para sobrevivermos na radiação fotônica temos que nos afinar a um novo campo vibratório.

Ter uma alimentação natural isenta de elementos químicos, viver junto à natureza, longe da poluição e da radiatividade, liberar as emoções bloqueadas e reprimidas, contribuem para a transição.

Ter boas intenções é essencial, assim como estar em estado de alerta para perceber as sincronicidades e captar os sinais vindos de outras esferas.

Segundo a Agenda Pleiadiana, de Bárbara Hand Clow, o Cinturão de Fótons emana do Centro Galáctico.

Alcione, o Sol Central das Plêiades, localiza-se eternamente dentro do Cinturão de Fótons, ativando sua luz espiralada por todo o Universo.

Mas afinal e nós nisso tudo ?

Nós somos os mais beneficiados com tudo isso.

Todos nós, os seres encarnados na Terra estamos passando por um processo de iniciação coletiva e escolhemos estar aqui nessa difícil época de transição de nosso planeta, que atingirá todo o Universo.

Os fótons funcionam como purificadores da raça humana e através de suas partículas de luz, às quais estamos expostos nos raios solares, dentro em breve estaremos imersos nesta “Era de Luz”, depois de 11 mil anos dentro da Noite Galáctica ou Idade das Trevas, como os hindus se referiam a Kali Yuga.

Como um sistema de reciclagem do Universo, o Cinturão de Fótons inicia a Era da Luz.

Existem diversas formas da humanidade intensificar sua evolução, desenvolvendo um trabalho de limpeza dos corpos emocionais, com o uso de terapias alternativas, como florais, Yoga, Sahaja Maithuna, musicoterapia, cromoterapia entre muitos outros.

São terapias e práticas que trabalham com a cura dos corpos sutis, evitando que muitas doenças sejam desenvolvidas antes mesmo de alcançar o corpo físico, além de curar outras já instaladas.

Cada partícula vai se alojando em todos os cantinhos de nosso planeta trazendo a consciência (Luz), a Verdade, a Integridade e o Amor Mútuo.

Cada um de nós tem um trabalho individual para desenvolver aliado ao trabalho de conscientização da humanidade.

Os corpos que não refinarem suas energias não conseguirão ficar encarnados dentro da terceira dimensão, pois a quarta dimensão estará instalada.

E todos nós redescobriremos a nossa multidimensionalidade e ativaremos nossas capacidades adormecidas dentro da Noite Galáctica.

A inteligência da Terra será catalizada para toda a Via Láctea.

Todos estes acontecimentos foram registrados no Grande Calendário Maia, que tem 26 mil anos de duração e termina no solstício de inverno, no dia 21 de dezembro de 2012 dC, que marca a entrada definitiva da Terra dentro do Cinturão de Fótons por 2000 anos ininterruptos.

Consciência é Luz.

Luz é Informação.

Informação é Amor.

Amor é Criatividade.

Rumo a Um Novo Brasil

Onde está a Perfeição de Deus???

Ficamos sempre nos fazendo essa pergunta ao ver-mos as imperfeições do mundo.
Mas se Deus é Deus, onde está sua perfeição?

No texto abaixo você encontrará a resposta para essa pergunta através de um caso real.

… Eu não sou de olhar o que passou nem lamentar o que se foi, sou de criar o que será… está na hora de criarmos uma realidade, assim como esses meninos.`


PERFEICAO

A Verdadeira Perfeição!

No Brooklyn, Nova Iorque, Chush é uma escola que se dedica ao ensino de crianças especiais. Algumas crianças ali permanecem por toda a vida  escolar, enquanto outras podem ser encaminhadas para uma escola comum..        Num jantar  beneficente  de Chush, o  pai de   uma criança fez um discurso que nunca mais seria esquecido  pelos que ali estavam presentes.

Depois de  elogiar a escola e seu dedicado  pessoal,  perguntou: - Onde está a perfeição no meu filho Pedro,  se tudo o  que DEUS faz é feito com perfeição? Meu filho não  pode entender as coisas como outras crianças entendem. Meu filho não se pode lembrar de fatos e números como as outras crianças. Então, onde está a perfeição de Deus? '

Todos ficaram chocados com a pergunta e com o sofrimento daquele pai, mas  ele continuou: - Acredito que quando Deus traz uma criança especial ao mundo, a perfeição que Ele busca  está no modo  como as pessoas reagem diante desta criança.

       - Uma tarde, Pedro e eu caminhávamos pelo parque onde alguns meninos que o conheciam, estavam jogando beisebol. Pedro perguntou-me:          
 
- Pai, você acha que eles me deixariam jogar?

Eu sabia das limitações do meu filho e que a maioria dos meninos não o queria na equipe. Mas entendi que se Pedro pudesse jogar com eles, isto lhe daria uma confortável sensação de participação. Aproximei-me de um dos meninos no  campo e perguntei-lhe se Pedro poderia jogar. O menino deu uma olhada ao redor, buscando a aprovação  de seus companheiros de equipe e  mesmo  não conseguindo nenhuma aprovação, ele assumiu a responsabilidade e disse:

       - Nós estamos perdendo por seis rodadas e o jogo está na oitava.  Acho que ele pode entrar na nossa equipe e tentaremos colocá-lo para bater até a nona rodada.

Fiquei admirado quando Pedro abriu um grande sorriso ao ouvir a resposta do menino. Pediram então que ele calçasse a luva e fosse para o campo jogar. No final da oitava rodada, a equipe de Pedro marcou alguns pontos, mas ainda estava perdendo por três.

   No final da nona rodada, a  equipe de Pedro marcou novamente e agora com dois fora e as  bases com potencial para a rodada decisiva, Pedro foi escalado  para continuar. Uma questão, porém, veio à minha mente: a equipe  deixaria Pedro, de fato, rebater nesta circunstância e deitar fora à  possibilidade de ganhar o jogo?  Surpreendentemente, foi dado o  bastão a Pedro.

Todo o mundo sabia que isto seria quase impossível,  porque ele nem mesmo sabia segurar o bastão.          
Porém,  quando  Pedro tomou posição, o lançador se moveu alguns passos para arremessar a bola de maneira que Pedro pudesse ao menos rebater. Foi feito o primeiro arremesso e Pedro balançou desajeitadamente e perdeu.
 Um dos companheiros da equipe de Pedro foi até ele e juntos seguraram o bastão e encararam o lançador.

O lançador deu novamente alguns passos para lançar a bola suavemente para Pedro. Quando veio o lance, Pedro  e o seu  companheiro da equipe  balançaram o bastão e juntos rebateram a lenta bola do lançador. O lançador apanhou a suave bola e poderia tê-la lançado facilmente ao primeiro homem da base, Pedro estaria fora e isso teria terminado o jogo. Ao invés disso, o lançador pegou a bola e lançou-a numa curva, longa e alta para o campo, distante do alcance do primeiro homem da base.

Então todo o mundo começou a gritar: Pedro corre para a primeira base, corre para a primeira. Nunca na sua vida ele tinha corrido... mas saiu disparado para a linha de base, com os olhos arregalados e assustado. Até que ele alcançasse a primeira base, o jogador da direita teve a posse da bola. Ele poderia ter lançado a bola ao segundo homem da base, o que colocaria Pedro fora de jogo, pois ele ainda estava correndo.

Mas o jogador entendeu quais eram as intenções do lançador, assim, lançou a bola alta e distante, acima da cabeça do terceiro homem da base. Todo o mundo gritou:  
 - Corre para a segunda, Pedro, corre para a segunda base. Pedro correu para a segunda base, enquanto os jogadores à frente dele circulavam deliberadamente para a base principal.

Quando Pedro alcançou a segunda base, a curta parada adversária colocou-o na direção de terceira base e todos gritaram:        - Corre para a terceira. Ambas as equipes correram atrás dele gritando:        - Pedro, corre para a base principal.

     Pedro correu para a base principal,  pisou nela e todos os 18 meninos o ergueram nos ombros fazendo dele o herói, como se ele tivesse vencido o campeonato e ganho o jogo para a equipe dele.

- Naquele dia, disse o pai, com lágrimas caindo sobre face, aqueles 18 meninos alcançaram a Perfeição de Deus. Eu nunca tinha visto um sorriso tão  lindo no rosto do meu filho!

   O fato é verdadeiro  e ao mesmo tempo  causa-nos  tanta estranheza! Entretanto, há pessoas que enviam mil piadas por e-mail e elas espalham-se como fogo, mas, quando enviamos mensagens sobre algo de bom, muitas das pessoas pensam duas vezes antes de compartilhá-las.

   O fato é verdadeiro  e ao mesmo tempo  causa-nos  tanta estranheza! Entretanto, há pessoas que enviam mil piadas por e-mail e elas espalham-se como fogo, mas, quando enviamos mensagens sobre algo de bom, muitas das pessoas pensam duas vezes antes de compartilhá-las.

Mostre mais uma vez que está acima de qualquer tipo de discriminação e que ao enviar esta linda e verdadeira história, muitas vidas poderão ser alcançadas pela PERFEIÇÃO DE DEUS.

       Todos precisamos parar alguns momentos para pensar naquilo que é realmente importante na vida.

A amizade e a solidariedade e o amor ao próximo jamais sairão de moda.

Basta querermos!

domingo, 28 de março de 2010

O INDIVIDUO, A FAMILIA, A SOCIEDADE

Maria Angela Teixeira

Foi discutido durante algum tempo quem tinha mais relevância ou influenciava mais nas transformações sociais que o mundo sofria, se o individuo, a família ou a sociedade. Por onde deveríamos começar? Pelo individuo, pela família ou pela sociedade? Era mais ou menos como a discussão sobre quem veio primeiro o ovo ou a galinha. Atualmente, este debate não tem mais sentido. Os três grupos são importantes e estão inter-relacionados, não há como fugir dessa realidade. O caminho de transformação e desenvolvimento dos seres humanos pode ser iniciado em qualquer um dos três segmentos. Tanto pode começar no individuo, passando pelos valores da família e chegando às normas sociais, como pode começar pelos valores familiares passados aos indivíduos e apoiados pela sociedade. O ser humano em si mesmo é um sistema unido a um sistema familiar, que por sua vez se incorpora a um sistema maior, a comunidade, que se coliga a um sistema mais amplo, o mundo, que por sua vez se unifica com o universo, o infinito, Deus. Sistema por sistema todos os seres e coisas estão interligados. Somos uma rede de relações.

Partindo desse principio de que todos os sistemas estão interconectados é que abrimos para outro tipo de discussão. O processo de desenvolvimento de cada ser humano abrange aspectos biológicos, psicológicos, sociais e espirituais nos quais estão incluídos relacionamentos consigo mesmo, com o cônjuge, a família, com o outro de forma geral. E o que se vê presentemente? Cada pessoa ou cada família absorvida somente com seus problemas, cada profissional preocupado só com uma pequena parte do nosso corpo ou da nossa mente ou só com a parte social como se estivesse desligado do todo que nos une. Que conseqüência pode nos trazer essa visão de mundo? Uma alienação cada vez maior.

Pensemos um pouco na família que influencia e é influenciada por todo o sistema. A família no momento atual está em pleno processo de mudança. Frente a modelos cada vez mais diversos de configurações familiares sofre uma sobrecarga de problemas vindos de todos os lados. A família como instituição tradicional sofreu um terremoto e precisa reconstruir suas bases. Como após todo abalo, precisa de ajuda. A família se modificou, vejamos alguns fatos. Para começar, o casamento agora tem pouca duração, quando muito dura até a primeira divergência séria ou no máximo uma década. A mulher trabalha fora, tem uma dupla jornada e isto tem influenciado a dinâmica da família. O homem ainda não sabe como se adaptar a estas transformações da mulher.

As famílias só com um progenitor (geralmente mulheres) estão cada vez mais freqüentes na nossa sociedade. As famílias que iniciam novos casamentos ainda não sabem lidar com a nova situação. Se numa família dita nuclear (pais e filhos) ainda num primeiro casamento já é difícil, imagine com famílias advindas de segundo, terceiro ou quarto casamentos. Como administrar tudo isso? Como lidar com jovens cada vez mais sem limites versus pais cada vez mais inseguros dos seus papéis? Como lidar com a violência que assola o país e os lares? Esse é um problema só das famílias, da sociedade como um todo, de cada um em particular ou nosso?

Num país como o Brasil, cujos valores de honestidade estão sendo afundados pela corrupção, como ajudar os indivíduos e as famílias a não acharem que isso é normal? Enfim esses e muitos outros são problemas com os quais cada um de nós, religiosos, políticos, cientistas, profissionais liberais ou apenas pais temos que nos unir para ajudar uns aos outros. Faz parte do nosso dever como cidadãos. Cidadão não é aquele que vive em sociedade é aquele que a transforma.

E onde estão os profissionais das ciências bio-psico-sociais para ajudar a família nessa nova construção? Onde estão os médicos que lidam com a saúde da família, advogados da área de família, administradores, psicólogos, assistentes sociais, educadores, sociólogos, antropólogos que lidam com as relações humanas? Como fazer nossa parte na relação com esse grupo? Refletindo, pensando e agindo com a família e o individuo sempre levando em consideração a totalidade em que ele está inserido. O ser humano não é uma peça solta no espaço.

No meu caso uso a Terapia Familiar Sistêmica. E o que é a Terapia Sistêmica Familiar? A Terapia Sistêmica Familiar teve seu início na década de 1950 nos Estados Unidos da América e começou com um grupo de psiquiatras, psicanalistas e assistentes sociais influenciados pela Teoria Geral dos Sistemas e pela Cibernética. Os iniciadores da Terapia Familiar observaram que o individuo dentro da família formava um sistema quando nos atendimentos clínicos perceberam que os problemas estavam inter-relacionados; quando existia um conflito, não era só o membro portador do sintoma identificado, o doente, mas era a família como um todo que não estava sabendo administrar seus problemas internamente e frente à sociedade.

O portador do sintoma algumas vezes era o membro familiar mais frágil ou aquele que denunciava os conflitos familiares e os exteriorizava. Usando a metáfora de nosso corpo como um sistema, se uma célula cancerosa contamina todo o nosso organismo e reagimos ou não; uma família também é afetada por um componente portador de um sintoma ou vice-versa, uma família em crise relacional do mesmo modo compromete seus membros. Freqüentemente preferimos apontar o dedo para o portador do sintoma e esquecemos-nos da nossa participação na formação desse problema, assim nos relacionamos com o problema e não com a pessoa em si.

A Terapia Familiar se difundiu e hoje com raras exceções é aplicada no mundo todo. Surgiram diversas abordagens para trabalhar com a família, cada uma iniciando com um determinado foco. Exemplos: focar nos padrões familiares que contribuem para desestruturar a família; na comunicação familiar patológica; na solução dos problemas ao invés de centrar nos problemas; na diferenciação dentro da família; ou como mudar a relação da historia repetitiva que está paralisando a família, etc. Enfim, partindo de qualquer um desses focos o objetivo é fazer que a família se movimente a aprenda a lidar com seus problemas, atue de forma mais saudável de acordo com seus valores e da cultura em que vive. A família saudável é a que sabe lidar com seus problemas.

O trabalho terapêutico com famílias requer uma compreensão do intrapsíquico, do inter-relacional e do social, apesar de todas as dificuldades. Todo este trabalho tem que levar em consideração o contexto em que vive a família, os valores e crenças que a cercam, a conjuntura social e a diferenciação da pessoa em si.

Lógico que a idéia não é transformar todos os profissionais liberais em terapeutas familiares, mas chamar a atenção para uma visão sistêmica do individuo, pois ao trabalhar com qualquer pessoa no aspecto físico, mental, familiar, social ou espiritual estamos trabalhando também com sua rede de relações. Acredito que esta visão da totalidade do ser nos ajudará a sermos melhores profissionais nas áreas das ciências bio-psico-sociais e contribuirá para nos tornarmos cidadãos transformadores do mundo.

Maria Angela Teixeira – Mestra em Família na Sociedade Contemporânea, psicóloga, psicoterapeuta individual, de casal e família. Coordenadora do Curso de Especialização para Formação em Terapia Familiar da FSBA.